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Em um mundo empresarial cada vez mais pressionado por normas regulatórias, investidores e consumidores atentos, relatórios de sustentabilidade na terceirização já deixaram de ser apenas um diferencial para se tornar requisito estratégico

Especialmente quando falamos de gestão de terceiros, garantir indicadores ESG em conformidade ao longo da cadeia é essencial para proteger a reputação, evitar riscos regulatórios e atrair capital.

Leia também: Como integrar ESG na gestão de terceiros: práticas para atender às novas exigências do mercado e órgãos reguladores

De acordo com a Pesquisa Firjan ESG 2025, 72% das empresas já exigem práticas ESG dos seus fornecedores, um forte indicativo de que a conformidade na cadeia de valor não é mais um fator opcional. 

Neste artigo, vamos abordar como a sua organização pode construir relatórios que demonstrem adequação à ESG em contratos terceirizados, os desafios mais comuns e como a Executiva pode ajudar sua empresa a atingir esse padrão com segurança.

Por que os relatórios de sustentabilidade na terceirização importam?

Antes de tudo, é importante entender dois fatos fundamentais:

  • Responsabilidade indireta

Mesmo que uma empresa não realize todas as operações internamente, ela é cobrada pela conduta de sua cadeia de fornecedores. Se um parceiro cometer infrações ambientais ou sociais, isso pode recair sobre a marca contratante.

  • Regulação e padrões globais mais rígidos

No Brasil, desde 2025 há expectativa de adoção obrigatória dos padrões do Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade – ISSB (S1 e S2) para empresas listadas na bolsa de valores.

Iniciativa Empresarial

Ao mesmo tempo, normas e diretrizes internacionais cobram coerência entre dados financeiros e impactos ESG. Aqui no Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exigirá relatórios desse nível a partir de 2026 para as empresas de capital aberto.

Portanto, quem contrata serviços ou fornecedores terceirizados precisa monitorar, validar e reportar.

Principais desafios para comprovar conformidade com indicadores ESG

Desafio O que dificulta Risco associado
Coleta de dados heterogêneos Fornecedores de portes diferentes têm sistemas distintos (ou nenhum) Dados inconsistentes ou lacunas no relatório
Falta de padronização Métricas ESG variam conforme setor, norma ou entidade adotada Comparabilidade frágil e auditoria rejeitada
Resistência ou vulnerabilidade ao “greenwashing” Informações vagas ou sem suporte documental Perda de credibilidade ou sanções
Baixa maturidade ESG em fornecedores Muitos terceiros têm estrutura limitada para atender exigências Dificuldade de exigir e monitorar
Integração entre relatório de sustentabilidade e contabilidade  Desconexão entre dados ambientais/sociais e demonstrações financeiras Falta de respaldo técnico para auditoria


Esses desafios mostram que não basta copiar indicadores genéricos: é preciso construir uma abordagem integrada e adaptada ao perfil da cadeia de valor.

6 etapas práticas para estruturar relatórios de sustentabilidade na terceirização

  1. Mapeamento de riscos – avalie impactos ambientais, sociais e de compliance nos serviços terceirizados;
  2. Definição de indicadores – estabeleça métricas específicas para fornecedores, como auditorias ESG, não conformidades e emissões indiretas;
  3. Cláusulas contratuais ESG – inclua exigências de relatórios, auditorias independentes e penalidades por descumprimento;
  4. Automação de dados – use plataformas para padronizar informações, gerar alertas e garantir rastreabilidade;
  5. Verificação externa – reforce a credibilidade por meio de auditorias independentes;
  6. Transparência – divulgue resultados claros e comparáveis para stakeholders, alinhados a metas estratégicas.

Boas práticas para comprovar conformidade ESG

  • Utilizar frameworks reconhecidos (GRI, SASB, ISSB).
  • Apresentar evidências práticas ao invés de declarações genéricas.
  • Monitorar indicadores em dashboards internos.
  • Capacitar fornecedores e revisar periodicamente a matriz de materialidade.
  • Integrar resultados ESG às demonstrações financeiras.

Exemplo de fluxo integrado

Seleção de fornecedores → Cláusulas ESG → Coleta digital de dados → Avaliação interna → Auditoria externa → Consolidação no relatório → Divulgação transparente.

Conforme este artigo demonstrou, garantir relatórios de sustentabilidade na terceirização que demonstrem efetiva conformidade com indicadores ESG é um imperativo estratégico para boa parte das companhias. Muito além de comunicar, é preciso comprovar, auditar e integrar essas métricas ao cerne da gestão.

Se você busca expertise para adequar a gestão de terceiros da sua organização aos critérios ESG e às normas de sustentabilidade (com segurança, transparência e credibilidade), conte com as consultorias personalizadas da Executiva. Entre em contato agora mesmo e descubra como podemos ser seu parceiro na jornada ESG da cadeia de valor: (11) 93414-7700 

FAQ – Perguntas Frequentes

  1. Como incluir fornecedores pequenos em relatórios de sustentabilidade?

Com apoio de plataformas simplificadas e capacitação, é possível padronizar informações mesmo em empresas de menor porte.

  1. Quais indicadores ESG são mais críticos na terceirização?

Trabalhistas, ambientais (escopo 3), compliance regulatório e auditorias periódicas costumam ser os mais relevantes.

  1. Relatórios ESG são obrigatórios para todas as empresas?

Não, mas grandes corporações e empresas listadas já são obrigadas. Mesmo sem exigência legal, relatórios ESG fortalecem a competitividade e a reputação.