Posted by & filed under Gestão de Terceiros.

A pressão do mercado e dos órgãos reguladores sobre práticas de ESG na gestão de terceiros nunca foi tão intensa — especialmente no Brasil. Em 2025, empresas de diversos setores já se movimentam para atender às novas exigências da Agenda Regulatória do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e às diretrizes ambientais vinculadas ao Plano de Transição Ecológica. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) passou a cobrar relatórios de sustentabilidade mais robustos, com informações sobre a cadeia de fornecedores.

De acordo com estudo da KPMG (2024), 74% das empresas globais já incluem critérios de ESG na seleção e monitoramento de fornecedores. No Brasil, esse movimento ganha força com setores de alto impacto, como óleo e gás, mineração e construção civil, sendo os primeiros a sofrer maior fiscalização. O recado é claro: o ESG deixou de ser diferencial competitivo e se tornou requisito básico para garantir conformidade, reduzir riscos e atrair investidores.

Neste artigo, explicamos como integrar ESG na gestão de terceiros, quais práticas adotar e por que elas são fundamentais para manter sua organização em conformidade com normas trabalhistas, ambientais e de governança.

Leia também: Terceirização de atividade-fim é legal: quais são os impactos para empresas privadas?

 

O que significa ESG na gestão de terceiros?

ESG (Environmental, Social and Governance) refere-se a um conjunto de critérios que avaliam o impacto ambiental, social e a qualidade da governança corporativa de uma empresa. Este conceito ganhou forma a partir de 2004, quando o Pacto Global das Nações Unidas conclamou companhias do setor financeiro a aderirem a essas políticas e práticas. Quando aplicado à gestão de terceiros, significa:

  • Selecionar fornecedores com base em critérios socioambientais e de governança
  • Monitorar continuamente riscos trabalhistas, ambientais e de compliance
  • Documentar e comprovar conformidade em auditorias e fiscalizações

Assim, ESG na gestão de terceiros vai muito além de reduzir riscos: fortalece a reputação, melhora o relacionamento com stakeholders e abre portas para novos negócios.

 

Benefícios diretos do ESG na cadeia de fornecedores

A integração de práticas ESG garante:

  • Atender às exigências regulatórias (ex.: normas trabalhistas, ambientais e de anticorrupção)
  • Mitigar riscos de imagem associados a fornecedores que descumprem a legislação
  • Aumentar eficiência operacional, com processos claros de compliance
  • Reforçar a reputação da marca, transmitindo confiança ao mercado
  • Acessar linhas de crédito e investimentos, cada vez mais vinculados a métricas ESG

Passos práticos para integrar ESG na gestão de terceiros

  • Mapear riscos na cadeia de fornecedores

Avaliar impacto ambiental, práticas trabalhistas e histórico de compliance;

  • Definir critérios de seleção

Incluir cláusulas contratuais relacionadas a meio ambiente, diversidade, saúde e segurança do trabalho;

  • Monitorar continuamente

Implementar relatórios periódicos de conformidade e auditorias independentes;

  • Capacitar fornecedores

Investir em treinamentos para alinhamento de práticas sustentáveis;

  • Automatizar processos

Utilizar sistemas de gestão de terceiros que centralizem dados e permitam comprovar conformidade em tempo real.

 

Critérios ESG aplicados à Gestão de Terceiros

Veja, na tabela abaixo, um exemplo prático de como implementar ESG na gestão de terceiros:

 

Dimensão ESG Prática aplicada na gestão de terceiros Benefício direto
Ambiental Exigir comprovação de descarte correto de resíduos Reduz passivos ambientais
Social Monitorar condições de trabalho e segurança Evita ações trabalhistas
Governança Adotar cláusulas anticorrupção em contratos Garante conformidade legal

 

Boas práticas complementares

  • Estabelecer indicadores mensuráveis (KPIs de ESG)
  • Publicar relatórios de sustentabilidade com dados de fornecedores
  • Adotar ferramentas digitais para auditoria e rastreabilidade
  • Conectar ESG à estratégia corporativa, não apenas à área de compliance.

Nos últimos anos, é praticamente um consenso de mercado que integrar ESG na gestão de terceiros deixou de ser opção e se tornou uma necessidade. Com práticas estruturadas, é possível fortalecer a reputação da empresa, atender órgãos reguladores e construir relações sólidas e sustentáveis com toda a cadeia de valor.

Na Executiva, ajudamos empresas a estruturar modelos eficientes de gestão de terceiros, garantindo conformidade, segurança jurídica e reputação sólida no mercado.

Entre em contato com nosso time comercial e descubra como implementar ESG na prática em sua organização.

Chame no WhatsApp: (11) 93414-7700 | E-mail comercial@executiva.com.br

 

FAQ – Perguntas Frequentes

  1. O que é ESG na gestão de terceiros?

É a aplicação de critérios ambientais, sociais e de governança no processo de seleção, contratação e monitoramento de fornecedores.

  1. Quais riscos a empresa corre sem adotar práticas ESG na gestão de terceiros?

Desde multas e sanções até danos reputacionais e perda de contratos estratégicos.

  1. Como começar a integrar ESG na gestão de terceiros?

Mapeando riscos, revisando contratos, treinando fornecedores e implementando soluções digitais para monitoramento contínuo.

Posted by & filed under Gestão de Terceiros.

A terceirização tornou-se peça central nas estratégias de empresas que buscam eficiência, especialização e um diferencial competitivo no mercado. Contudo, sem gestão adequada, o que deveria gerar vantagem pode se transformar em um passivo milionário.

Multas trabalhistas, autuações por descumprimento de normas de segurança e danos à reputação são consequências diretas quando a conformidade não é monitorada em tempo real.

No primeiro semestre de 2025, segundo dados do MTE, o Brasil registrou 380.376 acidentes de trabalho com 1.689 vítimas fatais, um aumento de 9% nos acidentes e 5,63% nos óbitos em comparação com o mesmo período de 2024, com destaque negativo para os setores de construção civil e transporte, onde grande parte da força de trabalho é terceirizada.

Uma pergunta simples e direta: sua empresa sabe, neste momento, se todos os terceiros em operação estão em conformidade legal e de segurança?

 

Leia também: Terceirização de atividade-fim é legal: quais são os impactos para empresas privadas?

 

Normas, auditorias e a urgência de adequação

É inegável que a pressão regulatória não para de aumentar. Em 2023, foram contabilizados 2.888 acidentes fatais no Brasil, de acordo com dados do MTE. Construção civil e transporte rodoviário aparecem entre os setores mais afetados.

Esses números ajudam a demonstrar que não basta contratar terceiros. É indispensável comprovar, por meio de auditorias e fiscalizações, que a empresa exerce controle contínuo sobre condições de trabalho, obrigações contratuais e requisitos legais.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, há cerca de sete meses, que a responsabilidade subsidiária da tomadora de serviços é configurada quando existe a comprovação de que a contratante foi negligente na fiscalização do contrato. Ou seja: não é possível terceirizar responsabilidades — a obrigação de vigiar e acompanhar é intransferível.

 

Responsabilidade subsidiária e solidária

A Lei da Terceirização nº 13.429/2017 reforçou que a empresa tomadora responde de forma subsidiária pelas obrigações trabalhistas se a contratada não cumprir seus deveres.

Na prática, se a terceirizada falha, o problema recai sobre a contratante. E, em casos de negligência grave ou fraude, a jurisprudência já reconhece situações de responsabilidade solidária, em que ambas podem ser cobradas conjuntamente.

O recado é direto: terceirizar, por si só, não elimina riscos, apenas os redistribui. E, cada vez mais, a responsabilidade recai sobre quem contrata.

 

O papel da tecnologia: prevenção em escala

O cenário atual exige mais do que relatórios manuais, frequentemente propensos a imprecisões e erros que geram graves prejuízos. É preciso ter visibilidade total e em tempo real sobre terceiros.

Com base nisso, ferramentas dotadas de alta tecnologia como o SG3, o MSP e a Exia IA, desenvolvidas pela Executiva, já estão ajudando inúmeras empresas de diversos setores a transformar esse desafio em vantagem competitiva. Veja os principais benefícios:

  • Rastreabilidade completa – cada acesso, documento e autorização monitorados do início ao fim.
  • Auditoria em tempo real – conformidade validada instantaneamente, mesmo em áreas sem conexão.
  • Visão estratégica dos riscos – dashboards e relatórios que permitem agir antes que o problema vire passivo.

Em um contrato recente no setor portuário, por exemplo, o SG3 bloqueou automaticamente acessos de prestadores sem ASO atualizado — evitando que a contratante sofresse autuação em auditoria surpresa.

A mensagem é clara: muito mais do que uma mera tendência, a tecnologia implementada de forma estratégica é requisito de sobrevivência para a gestão de terceiros.

 

O próximo passo

Sem dúvida alguma, ignorar a gestão estratégica de terceiros hoje é abrir espaço para multas, passivos trabalhistas e danos à reputação amanhã.

A pergunta que os líderes precisam responder é simples: minha empresa está realmente pronta para a próxima fiscalização?

Na Executiva, acreditamos que compliance, tecnologia e gestão integrada não são artigos de luxo, mas sim condições imprescindíveis para quem deseja crescer de forma eficiente, sustentável e segura.

Chame um dos nossos consultores no WhatsApp agora mesmo e descubra como estruturar uma gestão de terceiros que protege sua empresa de multas e passivos ocultos: (11) 93414-7700 | E-mail comercial@executiva.com.br.